2020 - O ANO DA ADAPTAÇÃO DO SETOR SUPERMERCADISTA
O setor de supermercado não parou de funcionar um minuto. E graças à interlocução ativa da APES junto aos órgãos de governo e de fiscalização, foi totalmente garantido o funcionamento das lojas, a segurança dos colaboradores e a tranquilidade da sociedade em relação à normalidade do abastecimento. Em plena pandemia, o setor precisou se reinventar e se adaptar para que nada faltasse nas gôndolas e nas casas das famílias.
Em Pernambuco, o segmento supermercadista manteve a autonomia de gestão das atividades em loja, sempre em atenção às determinações técnicas. Definições, como as referentes aos horários de funcionamento das lojas, limitação de quantidade de produtos por clientes, mix que poderia ser comercializado se mantiveram a cargo de cada empresa. A APES, sempre atenta e em articulação constante com as autoridades competentes de cada setor, agiu para que não se fizesse necessária intervenção nesse sentido, dialogando com agilidade e embasamento, garantindo ao setor a liberdade para funcionar e garantir o abastecimento das pessoas com itens essenciais à vida e à saúde.
Outro ponto de destaque para a atuação da APES durante a pandemia, foi a antecipação das ações de controle. Antes mesmo dos primeiros decretos e portarias que a entidade trabalhou na divulgação de informações e orientações sobre medidas que poderiam ser adotadas nas lojas para assegurar a segurança de colaboradores e clientes. Muito antes da obrigatoriedade, empresas pernambucanas instalaram pias, disponibilizaram álcool 70%, providenciaram barreiras acrílicas nos checkouts, entre outras.Vale também ressaltar o trabalho desenvolvido nas redes sociais da entidade e junto à imprensa para tranquilizar a sociedade quanto a questão do abastecimento, já que no início houve uma grande corrida aos supermercados. Diariamente a APES informou às pessoas, no mais variados veículos de comunicação, que não havia a necessidade de estocagem de produtos, porque não havia risco de desabastecimento pois a cadeia estava - e permanece - funcionamento normalmente.
ADEQUAÇÃO E INOVAÇÃO
Em 2020, as vendas on-line de supermercados ganham força no cenário nacional. O setor se adaptou e em Pernambuco muitas empresas investiram em sites, aplicativos e serviços via whatsapp de compras de alimentos pela internet. A expectativa do setor é que mesmo com o fim da pandemia, o hábito da compra on-line se mantenha no consumidor.De acordo com o levantamento Kantar Consumers Insights 2020, a penetração do e-commerce entre a população brasileira saltou de 6% em 2019 para 10% em 2020. “Ou seja, 10% da população adquiriu pelo menos uma coisa por meio do e-commerce, entre outubro de 2019 e setembro de 2020”, destacou o gerente sênior de Soluções de Compras da Kantar, Rafael Kröger Couto.
O movimento de expansão do e-commerce alimentar levou a Associação Brasileira de Supermercados (Abras) a criar, no dia 6 de julho de 2020, o seu Comitê de E-commerce, formado por dezenas de empresas supermercadistas que lideram o setor. Este grupo está se reunindo, regularmente, com importantes players da indústria de bens de consumo com o objetivo de promover um diálogo transparente na busca de soluções que possam fortalecer o comércio virtual de bens de consumo e, além disso, reforçar o trabalho conjunto para a busca de novos caminhos e oportunidades para este mercado.
O grande foco está em discutir o fortalecimento do conceito B2B2C (Business to Business to Consumer), modelo de comércio eletrônico apoiado pelo setor supermercadista, cujo princípio está em associar a audiência das marcas das indústrias com a capilaridade dos supermercados e sua inerente vocação em atender os consumidores. Na prática, o objetivo é o trabalho em conjunto com vistas a gerar tráfego para o e-commerce do varejo e, com isso, potencializar a geração de negócios para ambos os lados.
Com informações da SuperHiper
VENDAS DE SUPERMERCADOS CRESCEM EM 2020
Com as medidas de controle sanitário que fecharam desde escritórios comerciais até praias, restaurantes e shoppings, as pessoas se viram em uma nova realidade, que foi ficar em casa com possibilidade de sair apenas para realização de atividades essenciais.
Os supermercados viram crescer suas vendas, já que a população optou por preparar a comida e bebidas em casa e também intensificou hábitos de higiene e limpeza. No primeiro semestre, por exemplo, com o isolamento social, o setor supermercadista registrou crescimento real de 3,47% em vendas, em comparação com o mesmo período de 2019, conforme o Índice Nacional de Vendas da Associação Brasileira de Supermercados (Abras).Levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no âmbito da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgada em 10 de dezembro, também comprova o expressivo avanço nas vendas dos supermercados ao longo dos meses, mesmo quando outros segmentos da economia recuavam. No pilar “Hipermercados e Supermercados” do PMC, na comparação mensal, se 2020 começou com queda nas vendas de 3% em janeiro em relação a igual mês de 2019, nos meses subsequentes, os percentuais foram todos positivos, com março (+12%), maio (+11%) e julho (+11,7%) com salto nas vendas. Em outubro — dado mais recente disponível — os números também avançaram, em 9,1% ante igual mês do ano passado.
O gerente da PMC do IBGE, Cristiano Santos, ressaltou, no dia da divulgação da pesquisa, que o desempenho positivo dos supermercados pode ser atribuído, em parte, ao fato de que as lojas não só não fecharam nos momentos de isolamento social, como absorveram parte das vendas de outras atividades que pararam.
Nas classes mais baixas também houve uma modificação de hábitos, observa o gerente sênior de Soluções de Compras da Kantar, Rafael Kröger Couto. Por exemplo, o orçamento, que antes privilegiava o pagamento de contas essenciais de consumo, foi direcionado, prioritariamente, para a aquisição de alimentos, a partir do auxílio emergencial concedido pelo governo — ação que se mostrou essencial dada a alta taxa de desemprego, que deve fechar o ano em 13,4%, conforme projeções do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV). Além disso, a maior flexibilidade das concessionárias de contas de consumo e de proprietários de imóveis alugados quanto a dívidas em meio à pandemia contribuiu para a inversão de prioridades.
Nem mesmo a forte inflação de alimentos neste ano, que, até novembro, acumulava 12,14% no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), do IBGE, inibiu o crescimento da indústria desse setor, observa o presidente-executivo da Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (Abia), João Dornellas. Segundo ele, “apesar dos desafios do enfrentamento da pandemia e considerando a atual projeção de retração do PIB, o setor estima fechar 2020 com crescimento de até 2% nas vendas reais, em faturamento”. Esse avanço deve se refletir, no fim do ano, no desempenho das vendas dos supermercados, já que, segundo a Abia, o varejo alimentar contribuiu com 76% das vendas da indústria de alimentos no País, entre janeiro e outubro deste ano, e o food service, com 24%.Para o sócio-diretor da Scot Consultoria — que acompanha o mercado de commodities alimentares, como grãos e carnes —, Alcides Torres, a inflação de alimentos funciona, paralelamente, como um indicador de que o consumo aumentou. “O auxílio emergencial melhorou a renda de boa parte da população, que aumentou o consumo de alimentos o que, consequentemente, elevou a inflação, dada a maior demanda”, explica. “Mas é importante frisar que, mesmo com os preços mais caros, a demanda continuou firme com o auxílio emergencial.” De todo modo, ele diz que a população optou por produtos menos valorizados — como carnes do dianteiro bovino em vez do traseiro, por exemplo. “Basta ver que, proporcionalmente, os preços das carnes de dianteiro bovino subiram muito mais do que as do traseiro".
Com informações da SuperHiper
JOÃO ALVES RECONDUZIDO À PRESIDÊNCIA DA APES
Em dezembro de 2020, a APES realizou, de forma presencial, na sede da entidade, no Pina, a eleição da diretoria para o biênio 2020-2022. A chapa única foi eleita pela unanimidade dos presentes, e reconduziu à presidência o atual gestor, João Alves Cavalcante.De acordo com João Alves, é preciso estar atento às mudanças do mercado, e isso é uma das coisas que faz do setor supermercadista um desafio diário, pois não existe fórmula pronta para fidelizar os mais de 27 milhões de consumidores que todos os dias circulam cerca de 90 mil lojas espalhadas pelo Brasil. “O comportamento do consumidor mudou muito nos últimos tempos, ele está muito mais exigente. Hoje, as pessoas pesquisam antes de comprar, esperam os dias de promoção e buscam ter uma boa experiência de compra, que pode ser oferecida por meio de um bom atendimento”, exemplificou o presidente. Ele destacou, ainda, que 2020 foi um ano de adaptação para muitos lojistas. "Com a pandemia, tivemos que nos adaptar aos novos tempos, e oferecer aplicativos de compra, sistemas de delivery, take away, personal shopper...", afirmou. E, mesmo assim, o setor segue em curva ascendente.
SETOR FORTE - Em Pernambuco, o setor supermercadista é um dos mais importantes. De acordo com dados da Secretaria da Fazenda, são 19.745 contribuintes ativos no Estado, respondendo por 4,7% da arrecadação total do ICMS (acumulado de janeiro a outubro de 2020). "Somos fortes, e unidos somos ainda mais. Como diz o nosso slogan: categoria unida, setor fortalecido", comemora Alves. Ainda segundo a Sefaz, o setor de supermercados possui o maior desvio positivo entre todos os segmentos: R$ 106.396.246,50.
DIRETORIA APES BIÊNIO 2020 - 2022
Presidente - João Alves Cavalcante
1° vice-presidente - Jaílson Lopes Leites
Vice-presidente para assuntos do Interior - André Costa de Mendonça
Vice-presidente administrativo e patrimonial - Rodolfo Bezerra Borba
Vice-presidente de Eventos e Comunicação - Edmilson Francisco Silva Filho
Vice-presidente de assuntos tributários e fiscais - Nicodemos Ferreira de Barros
Diretor Secretário - Inácio Américo Miranda
Diretor de Relação com Fornecedores - Humberto Fernandes Silva
Diretor Financeiro - Jener Cavalcante Matoso
Diretores Regionais
- Djalma Farias Cintra Júnior
- Marcelo Barbosa de Freitas
- Maria de Lourdes Ferreira Lins
- Roberto Jorge Lima Tenório
Delegado junto à ABRAS - Edivaldo Guilherme dos Santos
Departamento Feminino - Marília de Couto Cavalcanti Gonçalves
Conselho Fiscal Efetivo
- Márcio Henrique Cosme
- Geraldo José da Silva
- Zacarias Félix de Souza
Suplentes Conselho Fiscal
- Elias Bione da Silva
- Jordão de Brito Cavalcanti
- Severino Pedro de Santana
DIA NACIONAL DO SUPERMERCADO NÃO FOI COMEMORADO EM 2020Em virtude da pandemia da Covid-19, a diretoria da APES decidiu, após deliberação, que não realizaria o tradicional jantar dançante que comemorativo do Dia Nacional do Supermercado. De acordo com a entidade, a possibilidade de uma nova onda da doença, aglomerar pessoas em um espaço fechado não seria prudente. Outro ponto ponderado foi que fazer um evento de menor porte, diminuindo a quantidade de pessoas, fatalmente iria deixar muitas outras de fora, o que também não seria adequado. "Só temos a agradecer aos nossos parceiros, por terem compreendido e apoiado a nossa posição de não realizar o jantar", afirmou o presidente. |
ACORDO COLETIVO DESBUROCRATIZOU
RELAÇÕES TRABALHISTAS
Em 2020, foi facultado às
empresas optarem por qual negociação trabalhista iriam fazer. Com a reforma
trabalhista, abriu-se a possibilidade de uma nova formatação, permitindo às
empresas fazerem acordos diretamente com os sindicatos laborais, sem
necessariamente a intermediação de um sindicato patronal. Com isso, várias
empresas procuraram a APES para cuidar dessas tratativas junto ao SESSEPE.
Entre o ACT e a CCT, o que difere os dois é que no acordo, as empresas estão isentas de quaisquer pagamentos aos sindicatos patronais, bem como as comunicações sobre funcionamento nos feriados, por exemplo, que passam a ser feitas diretamente ao SESSEPE, sem a necessidade de intermediação de outro sindicato patronal, reduzindo a burocracia desse trâmite.
Ambas as negociações têm vigência, em suas cláusulas sociais, de dois anos, ou seja: até 30 de abril de 2022, database da categoria. Já no que tange às cláusulas de repercussão financeira, as mesmas têm validade de um ano, até abril de 2021, quando serão revistas junto ao SESSEPE.
A assessoria jurídica da APES ratifica que as empresas que firmaram acordos não devem obediência à Convenção. Segundo informações do jurídico, cerca de 500 empresas no Estado optaram pelo ACT.